Com um mercado cada vez mais competitivo, as empresas construtoras de edifícios vêm buscando diferentes alternativas para tornarem mais eficientes seus processos de produção.Para atender às novas exigências criadas pela competitividade, as equipes de desenvolvimento de projeto vêm gradativamente incluindo um maior número de participantes de diferentes disciplinas, os quais precisam explorar e integrar suas especialidades com o objetivo de criar produtos cada vez melhores e capazes de se
diferenciarem dentre as alternativas oferecidas pelo mercado, além de proporcionarem
melhor subsídio de informações relativas à execução. Exemplo dessa tendência é a introdução de informações relativas ao processo de produção no detalhamento do produto, ou seja, elaboração de projetos voltados para a produção, passando a incorporar os conhecimentos de como construir ainda na fase de projeto.
A construção de edifícios, à semelhança de outros setores da produção industrial, já manifesta tendências dessa mesma natureza, ainda que de forma não muito coordenada.
A TECNOLOGIA DE INFORMAÇÃO
O computador surge como um instrumento facilitador ao dar suporte à exploração e integração dos conhecimentos, facilitando a elaboração do projeto, devido à velocidade de troca das informações.
Na opinião de SONNENWALD (1996), "as metodologias tradicionais de desenvolvimento de projeto não consideram a necessidade e a importância da comunicação; o novo processo de elaboração do projeto deve incluir diretrizes para o estabelecimento das regras e estratégias de comunicação entre os participantes, considerando as inter-relações existentes entre as diversas disciplinas de projeto".
Essa mesma opinião é ratificada por AUSTIN et al. (1994), ao afirmarem que o processo de projeto dos edifícios precisa ser planejado e controlado mais efetivamente e as técnicas tradicionais de planejamento não "casam" com a complexidade do processo de projeto, sendo necessário desenvolver uma abordagem para programação, coordenação e controle de uma equipe multidisciplinar.
Para isso, a tecnologia de informação deve ser vista como o "cérebro" e o "combustível" do processo de projeto, uma vez que a principal necessidade do mesmo é avaliar e processar as informações e, em seguida, transmiti-las para os diversos participantes, dando agilidade ao processo.
Na prática, muitas vezes, a falta de planejamento nesse processo resulta em informações insuficientes e inconsistentes para completar o objetivo do projeto; a manipulação do fluxo de informações parece ser a chave para organizar o projeto multidisciplinar de qualquer empreendimento com sucesso.
HAMMER; CHAMPY (1994) ratificam essa idéia, ao comentar que "a tecnologia de informação age como um capacitador, permitindo às organizações realizar o trabalho de formas radicalmente diferentes".
DAVENPORT (1993) aponta a tecnologia de informação como o mais poderoso
instrumento de mudança surgido no século 20. A impressionante capacidade dos computadores e das comunicações é um poderoso instrumento, em virtude de sua popularidade, e produz grande vantagens para as empresas; porém, tem sido pouco explorada. "Especialmente em componentes de hardware e de comunicações, as capacidades da tecnologia da informação cresceram mais depressa que as de outros recursos de tecnologia. Estamos apenas começando a compreender o poder da tecnologia da informação", conclui o autor.
segunda-feira, 12 de julho de 2010
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